Me doi a cabeça,
O vômito diz esqueça
Os olhos aflitos
A boca seca
O estômago doi
E o chá na mesa
O chá é verde,
O desejo é de cicuta
E o coração chora
De angústia
De saudade
E cicuta
Não sai da cabeça
Remete a tristeza
Desde que partiu
E um dia eu parto
Nem que seja no meio
E só tomo chá verde
Nada de cicuta
Pelo menos por agora.
domingo, 30 de outubro de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
O que não tem explicação
Um pé aqui, outro lá
Um lugar pra morar
Um dedo, um passo pro inferno
Me desespero e perco o ar
Aquele ar a vagar
Pra estudar, silenciar
Pra odiar, calar
Tentar fugir
O que eu quero transcende
O que eles querem, se vende
Deixem as armas
Aumentem as almas
O que parece incógnita
Não passa de mais uma aposta
Pra ver quem ganha no final
A felicidade ou a obrigação
O equilíbrio ou a exaustão
E assim passam
De vida em vida
De tempo em tempo
Até o fim.
sábado, 2 de julho de 2011
O Ponto do Começo ao Fim
Aquele teu último respirar, também foi o meu E do céu que a chuva não caiu Dos meus olhos caiu um pranto meu O meu bloqueio pessoal Meu pensamento mortal Teu fim, meu fim Sua decomposição, meu pranto E nada agrada, traz meu riso, meu abrigo Talvez novos braços, amores e até dores A minha poesia não mais flui O meu coração não evolui E tudo que começa para no mesmo ponto O teu ponto que ponderava minha vida Aquele ponto que era na verdade o meu início E o teu ponto final, o meu final O final de minha alegria sincera Meus lábios sorriem prateando internamente E todo passo meu é de encontro ao fim Que será meu começo e minha volta A volta do sorriso sincero e do abraço fraterno Cantem, gargalhem, rasguem-se em delírio Meu riso frio, meu pranto impuro, meus dedos sujos de sangue Meus dedos sujos de sangue, meu fim, meu início, meu simples ponto.
sábado, 26 de março de 2011
Três vivas!
sexta-feira, 25 de março de 2011
A taça
Da taça que transborda sicuta
Transborda a tristeza
Transborda o suicídio
Da taça da morte que deram a ele
Transborda meu fim
Transborda minha loucura
Transborda minha alegria
As lágrimas saem por si só
O doce toque das mãos
As gargalhadas
Os bons papos
Apagados da Terra
Relembrados na memória
O amor guardado
Eu amo um homem morto
Amar um morto é meio louco
Amar um morto é o cúmulo do sufoco.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Fenecer
Tenho Cultivado a sobrevivência
de um golpe forte de alguém frágil
Acontecimentos, imprevistos dolorosos
A falta de humanidade
A falta de sanidade
Os momentos que restaram
A alegria que faltava
Tiram-me o amor
Matam minha paixão
Encheram de lágrimas meus olhos
Silenciaram minha voz
Obrigam-me a engolir o choro
Machucam minha alma
Ofereceram-me migalhas
Obrigam-me a sorrir
Sorrir apesar da morte
Sorrir apesar da sorte que não tenho
Querem que esteja sorrindo
Mesmo após meu coração despedaçado
Minha alma pranteada
Querem que esteja sorridente
Mesmo quando a dor no peito arder
A luz da alegria não acender
E a vida fenecer.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Ao peito machucado
Outrora descrevia seus delírios em poesia
No agora descreve seu pranto
O suave toque dos dedos
As poesias não trazem sorriso ao moribundo
Aquelas escritas com carinho para alentar a alma
As lágrimas que caem do rosto jovem
A dor que traz no peito
E que vá em paz
A espera de um milagre
A espera que a vida se acabe
E se o amor a outra vida não está
E quem dera o suor dos olhos fossem de alegria
A vida traz e leva os anjos da vida com seus defeitos
O tempo cura, resolve, enxuga as lágrimas
Que o tempo leve com o vento a tristeza destes olhos
E que o mesmo tempo não apague o amor que esconde estes prantos
E que de alegria grite esta alma ao reencontro
Que este seja possível e para sempre...
No outro plano!
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