domingo, 27 de junho de 2010

És Minha Luz No Nevoeiro

Aos vinte dias do mês de junho, escrevo-te o prometido poema, ao meu amigo, companheiro e acima de tudo, meu muso inspirador com nome de Deus grego e alma de artista, Hermes.
E após tanto tempo navegando no mar da angústia E ao longe vejo uma luz no meio do nevoeiro carregada por um homem O homem é um poeta, artista, alguém sensível, acalmando-me a alma A boca, pernas, pescoço, mãos e todo resto não consigo ver Este homem manifesta-se como ar, não o toco, mas sinto sua presença E após o sofrimento e a tempestade, consigo aproximar-me daquele homem iluminado Aquele homem que dizem ser alto, com bom coração está a se aproximar Com nome de Deus grego e alma de artista consegue encantar-me Então, o vejo mais de perto e agradeço aos céus por aquele momento mágico O rapaz tem belas mãos que tocam músicas divinas, como só um Deus poderia tocar A angústia agora é apenas uma fração da alegria que aquele homem trouxe consigo Eis a alegria posta nas mãos daquele ser tímido e cheio de talentos O amor é paciente e tudo crê, é compreensivo e não tem rancor Assim diz a bíblia e a poesia para um agnóstico A sombra daquele homem perfeitamente afetuoso e sensível após um tempo Como uma pedra a implorar para ser lapidada, assim era Hermes Aquele homem tem tudo que uma simples mortal com nome de país poderia pedir O homem com nome de Deus grego não tocou minha face, mas tocou minha alma, não tocou meus lábios mas levou embora meu coração Darei graças todos os dias por aquele homem que parece projetado para fazer-me feliz Então ajoelho-me a contemplar aquela obra divina, aquela obra viva, o meu poeta e filósofo Só peço para que sejas meu e assim também serei tua querido Hermes As juras de amor pareciam um fragmento de projeções amorosas Até conhecer-te Hermes a penúria todos os dias fazia companhia em minha cama Aquele doce lábio resita palavras de consolo e divinas aos cuidados de Dionísio que a esta hora deve estar a contemplar tão perfeita obra de amor Humidemente agradeços aos deuses por dar-me este presente, meu filósofo, meu poeta, meu amigo, meu pintor e finalmente meu amor.

domingo, 13 de junho de 2010

A angústia

As borboletas não habitam mais este jardim
As flores estão murchas
A casa está escura
A alegria não entra mais no quarto
O caderno de poesia permanece empoeirado
As canetas estão espalhadas no chão
E se a hora da morte estiver chegando
As leis sociais parecem ser feitas para o inimigo
Faremos novas leis,
Vamos mudar de casa
Vamos reconstruir a vida
E matar a angústia antes que ela me mate.