sábado, 22 de agosto de 2009

Ás Margens do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei

Todos meus amigos e conhecidos sabem de meu enorme deslumbramento por Paulo Coelho.
Durante as intediantes, frias e tristes férias de julho li "Ás Margens do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei", um de seus primeiros livros, um romance lindo, como sempre muito a ler, muito a aprender e mais deslumbramento.
Bom, amei o Prefácio, é minha cara e parece até escrito por minhas mãos, por isto deixo a vocês o Prefácio desta obra formidável.
NA MARGEM DO RIO PIEDRA...
Eu me sentei e chorei.
Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito.
Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.
Ás margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.
O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas que correm diante de mim.
Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas estas águas se misturam com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele.
Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.
Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.''

Apenas um Sonho Ruim

Quando o tempo passa,
O que resta são apenas lembranças de um sonho ruim
Mesmo com o mesmo céu que amávamos comentar
O céu insiste chover sem prometer um amanhã ensolarado
Este jogo de me afogar na chuva de meus olhos está me aborrecendo
Tem que chorar baixinho, escondo de forma que ninguém possa ver
Os raios caem, a chuva aumenta e alaga toda casa, estou tentando me afogar
Pegue-me pelos braços, morta e prepare meu túmulo e funeral
O funeral, as lembranças do nunca dito de um garoto, as lágrimas e angústia
As culpa de seu amado, o remorço por não revelar, o amor nunca dito
A mãe que chora, a família que pranteia e os amigos que jamais a verão novamente
Mas acordo e vejo tudo no lugar todo este agito é apenas um sonho ruim